Eros e paz nas comédias de Aristófanes
Abstract:
Aristófanes vincula Eros à paz nas suas comédias. Em Acarnenses, de 425 aC, Diceópolis, um cidadão ateniense, consegue tréguas particulares com os espartanos para si e sua família. Ele não partilha sua paz com mais ninguém, a não ser com uma noiva, por ser mulher e não ser culpada pela guerra. Ela terá parte do noivo nas suas núpcias. Em Paz, de 421 aC, Trigeu, um vindimador, resolve voar em um escaravelho, besouro que come fezes, para falar com os deuses sobre a paz, e acaba resgatando a deusa Eiréne (Paz), encerrada numa gruta por Pólemos (Guerra). A Paz traz consigo a deusa Opora (Outona ou Colheita), com quem o protagonista se casa, e a deusa Teoria (Festa), que é dada aos prítanes no próprio teatro. Em Lisístrata, de 411 aC, as mulheres da Grécia, sob a liderança da ateniense Lisístrata, fazem uma greve de sexo para forçar seus maridos a acabarem a guerra. A personagem Mirrina e seu marido Cinésias demonstram como se dá a sedução e depois a recusa das mulheres em relação aos homens. Propomos a vinculação de Eros à paz nas três peças apresentadas e em Tesmoforiantes (Demetercoreantes), do mesmo ano de Lisístrata e muito próxima a ela em alguns aspectos importantes, como trazer um coro feminino, realizar a separação dos casais, fazer a apologia do sexo feminino e promover a paz, por se tratar de um festival religioso de fertilidade, as Tesmofórias, festas em homenagem às deusas Deméter e Core.
Año de publicación:
2016
Keywords:
Fuente:

Tipo de documento:
Other
Estado:
Acceso abierto
Áreas de conocimiento:
- Filosofía
- Humanidades
Áreas temáticas de Dewey:
- Poesía dramática y teatro griego clásico

Objetivos de Desarrollo Sostenible:
- ODS 16: Paz, justicia e instituciones sólidas
- ODS 17: Alianzas para lograr los objetivos
- ODS 5: Igualdad de género
