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BIODEGRADAÇÃO DE β-ÁCIDOS DE LÚPULO EM CONDIÇÕES ANAERÓBIAS

Abstract:

O aumento da resistência a antibióticos desde sua descoberta inesperadamente no Japão em meados da década de 1950 (DAVIES, 1995), tornou-se uma crise na saúde humana e animal a partir da segunda metade do século passado (DUNGAN; SNOW; BJORNEBERG, 2017; YADA; KUMAR, 2020). O consumo expressivo e a liberação desses medicamentos nos ecossistemas naturais através dos resíduos animais e industriais (XIE; SHEN; ZHAO, 2018), levantou ainda mais questões na comunidade científica sobre a prevalência de bactérias resistentes a antibióticos (BRA) e de genes de resistência a antibióticos (GRAs) no meio ambiente (BRAGA et al., 2017; DA SILVA et al., 2021). O uso da flor do lúpulo (Humulus lupulus) e seus derivados na indústria cervejeira como agente antimicrobiano, entre outros intuitos, e ação ionófora (antibiótica) de α-ácidos e β-ácidos de lúpulo identificados e descritos entre 1937 e a década de 1990 (BEHR e VOGEL, 2009), revelaram o lúpulo como alternativa promissora aos antibióticos tradicionais na produção agropecuária (NARVAEZ et al., 2011) e na indústria do bioetanol (FAOUR, 2015; PRADO e VENTURINI FILHO, 2014). Entretanto, a literatura mostra evidências sobre como componentes do lúpulo também podem estar sujeitos ao desenvolvimento de resistência microbiana como qualquer outro antibiótico (SUZUKI et al., 2006; UMEGATANI et al., 2021).